SINAIS MÁGICOS

segunda-feira, 11 de julho de 2011

CONSTRUINDO A HISTÓRIA Por Prof. Karin Strobel

"(...) olhar a identidade surda dentro dos componentes que constituem as identidades essenciais com as quais se agenciam as dinâmicas de poder. É uma experiência na convivência do ser na diferença."
(Perlin e Miranda)
Nós sabemos que com a história de educação dos surdos nós pesquisamos e investigamos o passado dos povos surdos e das comunidades surdas, procurando obter episódios e compreender as suas realizações
lingüísticas, educacionais, sociais, políticas e culturais.
Com estas investigações permite-nos conhecer os acontecimentos e as conseqüências das transformações pelas quais passou o povo surdo e fornece informações que ajudam a explicar as comunidades surdas atuais.
Estes acontecimentos chamam-se fatos históricos, como cita Vicentino:
“A matéria prima da história são os fatos históricos, acontecimentos que possuem repercussão social, para os quais se busca uma explicação de suas causas e efeitos. A morte do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, em 1954, é um exemplo de fato histórico. (...) Já o fato social é um é um acontecimento corriqueiro na vida de uma sociedade, que possui pequeno impacto imediato, como a morte das pessoas ou a crise financeira
de alguém da comunidade.” (1994, p.7)
Para conhecermos e pesquisarmos os fatos históricos precisa-se recuperar marcas ou vestígios deixados pelos homens no passado, estes vestígios chamamse:
Fontes históricas.
A palavra fonte significa o ponto de origem, o lugar onde brota, algo que se projeta e se desenvolve indefinidamente e inesgotavelmente, no caso da história, evidentemente a fonte histórica, são construídas, isto é, são produções humanas.
Vamos ver o esclarecimento do autor Dermeval Saviani sobre os três casos de fontes:
Primeiro caso: ”(...). São documentos, vestígios, indícios que foram acumulando-se ou foram sendo guardados, aos quais recorremos quando buscamos compreender determinado fenômeno”. (2004, p.6)
Segundo caso: “(...) situa-se o nosso empenho em preservar os materiais de que nos servimos, seja como educadores, seja como pesquisadores, tendo em vista sua possível importância para estudos futuros quando esses materiais serão, eventualmente, tomados como preciosas fontes pelos historiadores em sua busca
de compreender o seu passado que é o nosso presente.” (2004, p.7)
Terceiro caso: “(...) estão os registros que efetuamos quando recorremos, por exemplo, a testemunhos orais, cujo registro efetuamos para neles nos apoiarmos em nossa investigação.” (2004, p7)
Na história, as fontes históricas podem ser:
Fontes mudas: podem ser: esqueletos, utensílios, armas, pinturas, túmulos, restos de habitações, monumentos, templos, palácios, estátuas, esculturas, cerâmicas e outros.
Fontes escritas: podem ser: inscrições em pedras, em moedas, em metais e textos de papiro, pergaminho, barro, arquivos, diários, livros, documentos, jornais,
revistas e panfletos.
Fontes narradas: são as lendas, as línguas, as tradições e culturas das comunidades que são passadas de geração a geração através de narrativas.

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